sábado, 5 de junho de 2010

Projecto ITER

O projecto ITER é uma aventura de grande dimensão rumo à energia da fusão. Está previsto ter um custo de cerca de €10 mil milhões ao longo dos 35 anos de duração da experiência. Os respectivos resultados são de interesse internacional crucial e é, por conseguinte, um projecto realmente global.
A ideia do ITER como uma experiência internacional foi proposta pela primeira vez em 1985 e começou como colaboração entre a antiga União soviética, os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão sob os auspícios da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA).
Actualmente, o consórcio internacional é composto pela República Popular da China, a União Europeia, o Japão, A República da Coreia, a Federação da Rússia e os Estados Unidos. É esperada a participação de outros países à medida que o ITER passar do desenho para a realidade.
O International Thermonuclear Experimental Reactor, (ITER) é uma experiência que vai funcionar em condições muito próximas das de um reactor de fusão.
Será construído em Cadarache, França, no âmbito de uma colaboração à escala planetária, tendo como parceiros principais a Euratom, o Japão, a Federação Russa, os Estados Unidos da América, a China, a Coreia e a Índia (Fig. 5) e o seu início está previsto para 2006. O objectivo principal do ITER é demonstrar a viabilidade científica e tecnológica da energia de fusão por confinamento magnético. Este tokamak poderá produzir 500 MW de potência de fusão durante 400 segundos com o auxílio de 50 MW de potência de aquecimento, ou seja com uma amplificação de energia de um factor de 10 (Q = 10), permitindo o estudo de plasmas de combustão, isto é, de plasmas em que o aquecimento devido às partículas alfa (núcleos dos átomos de hélio) geradas na reacção de fusão é dominante. Desta forma o principal objectivo programático do ITER é demonstrar a exequibilidade científica e tecnológica da energia de fusão para fins pacífico. O ITER atingirá este objectivo através da demonstração da queima controlada de plasmas de deutério e trítio, com a operação em regime estacionário como objectivo final, demonstrando o uso num sistema integrado das tecnologias necessárias para um reactor.
O ITER será o primeiro dispositivo experimental a integrar a maior parte das tecnologias essenciais ao reactor: bobinas supercondutoras de grande dimensão, capazes de criar elevados campos magnéticos, componentes expostos ao plasma arrefecidos activamente, gestão do trítio, manutenção completamente robotizada e módulos com camada fértil de lítio. Prevê-se que os períodos de construção e de exploração sejam, respectivamente, de 10 e 20 anos.




Fig. 5: Países envolvidos no projecto ITER

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